Em 2021, o mercado imobiliário ficou aquecido no país, o que acabou refletindo no preço médio dos imóveis, fazendo com que ele atingisse o maior aumento dos últimos sete anos, 5,29%, de acordo com o Índice FipeZap+, baseado em anúncios on-line.
Cinco das dezesseis capitais monitoradas, tiveram uma variação bem acima de 10% no preço médio dos imóveis no último ano. A alta mais representativa foi detectada em Vitória, no Espírito Santo, com cerca de 20%. Na sequência aparece Maceió, em Alagoas, com 18,50%.
Especialistas disseram que a alta significativa de 5,29% e resultados maiores que este podem ser decorrentes de uma conjunto de fatores.
Sob o prisma da oferta, a pressão nos custos de construção, em especial de insumos como aço e outros materiais metálicos, materiais hidráulicos e madeira. Todos eles com alta maior que 20% no ano.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) da FVG, que é utilizado como balizador dos preços da indústria da construção, fechou o ano passado com alta de 14,03%; o subíndice de materiais e equipamentos cresceu ainda mais, 24,37%.
Já sob o prisma da demanda, o mercado teve números recorde de venda no decorrer do ano passado, por conta das menores taxas de juros da história, mesmo que estivesse num caminho de alta no segundo semestre, seguindo a alta da Selic e também a grande procura das classes alta e de média renda, que conseguiram manter sua renda.
Os números obtidos pelo Índice FipeZAP+ no encerramento de 2021 revelaram também que as cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro permaneceram com os preços médios mais elevados do metro quadrado para venda, mesmo com uma alta mais contida ao longo do ano: R$9.708 e R$9.650 no último mês do ano, respectivamente.
Ficaram em destaque ainda as cidades do litoral catarinense: Florianópolis e três cidades ao norte, Balneário Camboriú, Itapema e Itajaí, ficaram entre as dez cidades com o valor médio do metro quadrado mais alto entre as 50 que integram o levantamento da FipeZAP+.