Portaria remota tem atraído condomínios, mas exige dos moradores uma análise dos prós e contras

Para reduzir custos e garantir maior segurança, diversos condomínios do Rio têm recorrido à opção de portaria remota (ou virtual). Administradores e fontes do mercado imobiliário destacam, porém, que a alternativa tem vantagens e desvantagens em relação ao modelo de porteiros contratados.

Luiz Barreto, presidente da Estasa, explica que a solução é comum em outras cidades, mas no Rio ainda está começando. Em Niterói, diz ele, tem havido maior adesão.

— O principal ganho é o custo final: menos da metade do gasto com porteiros. E não há problemas de faltas ou atrasos nem despesas trabalhistas em casos de demissões — avalia.

Ele ressalta, no entanto, que no Rio o porteiro ainda é muito valorizado, até por desempenhar várias funções, como manobrar veículos, ajudar moradores com sacolas ou nos elevadores, e solucionar pequenos problemas, como acionamento ou reparos de bombas d’água.

Para Hugo Basílio, gerente de condomínios da Irigon Administradora Imobiliária, a portaria remota é uma tendência, mas há prós e contras a serem considerados:

— Põe fim à possibilidade de o porteiro ser rendido por um assaltante. Por outro lado, em condomínios com muitos idosos, pode gerar insatisfação, devido ao risco de ficarem sem um cuidado especial.

Giovani Oliveira, gerente-geral de condomínios da Apsa, diz que a portaria remota tem sido procurada, principalmente, por condomínios recém-lançados ou em construção, uma vez que nos antigos a implantação envolve gastos iniciais mais elevados:

— São custos com desligamentos dos funcionários e obras de adequação do prédio ao sistema. Além disso, a mudança tem que ser aprovada pelos moradores em assembleia, um processo mais lento e complicado.

Há dois anos, Sergio Pimenta, de 50 anos, assumiu um mandato como síndico do prédio onde mora, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, no intuito de reduzir o valor do condomínio, que era R$ 3 mil:

— O edifício tinha 12 apartamentos. Havia cinco funcionários: quatro porteiros e um faxineiro. Decidi, então, implantar a portaria virtual. Os porteiros foram demitidos ao custo de R$ 100 mil, porque dois deles já tinham mais de 15 anos de carteira assinada. Gastamos R$ 70 mil para adquirir o novo sistema e continuamos a pagar o mesmo valor de condomínio por dez meses, até a quitação dos R$ 170 mil. Desde então, a cota mensal custa R$ 1.100, uma economia de 63%.

Custos iniciais de instalação variam muito

 

Fundada em 2011, em Cuiabá (MT), e presente no Rio desde 2018, a Porter registrou em 2020 um crescimento de 50% nas buscas pela portaria remota em todo o país. A empresa oferece dois tipos: controle de acesso com aplicativo e QR Code ou opção com essas funções mais uma equipe de monitoramento à distância 24 horas.

— A última é a solução mais implantada, por fornecer mais segurança e otimização de receita para o condomínio — diz Odirley Rocha, diretor de Relacionamento do Porter Group.

Segundo a empresa, a portaria remota tem sido adotada por prédios diversos.

— O menor condomínio que atendemos tem seis apartamentos, e o maior ultrapassa 450 unidades — conta Odirley, acrescentando que os custos dos equipamentos e da manutenção variam de acordo com o estado, o porte do condomínio e a estrutura de entradas e saídas de pedestres e veículos.

Luiz Barreto afirma que, nos condomínios pequenos administrados pela Estasa, o investimento inicial ficou entre R$ 20 mil e R$ 40 mil.

— A Estasa financia para os clientes, mas as empresas de portaria virtual também o fazem. Depois, existe uma mensalidade a pagar.

Barreto lembra, porém, que antes trocar os porteiros pelo modelo remoto, é preciso considerar o custo das demissões para o condomínio:

— Um porteiro com 20 anos de prédio pode custar mais de R$ 50 mil em rescisão.

Além disso, a medida ajuda a elevar o desemprego.

 

Fonte: jornal Extra, 28/02/2021

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Assessoria de Impressa: Auracom Comunicação Integrada

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É importante que os síndicos fiquem atentos, pois muitos bancos estão recusando o pagamento de boletos emitidos em nome de pessoas físicas e jurídicas, cujo CPF ou CNPJ está em situação irregular perante a Receita Federal.  Além disso, temos informações de condôminos que não conseguiram fazer pagamento de boletos em nome de pessoas falecidas, cujo CPF estava inativo na Receita Federal.

Na hipótese de imóvel de titularidade de pessoas falecidas, com processo de inventário em curso, é necessário verificar a situação do CPF do espólio na Receita Federal.

A cota condominial é essencial para a manutenção da estrutura e funcionamento dos condomínios. Os boletos bancários emitidos precisam estar com as informações do pagador corretas, com o CPF ou CNPJ em situação regular na Receita Federal.

O Banco Central do Brasil (BACEN) fiscaliza as instituições financeiras e determina que todo o boleto bancário deve conter, no mínimo, as seguintes informações:

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  • nome, endereço e número de inscrição no CPF ou no CNPJ do beneficiário, inclusive de beneficiários finais habilitados por terceiros no caso de boleto-cobrança.

Dessa forma, orientamos que os síndicos comuniquem os seus condôminos da necessidade da atualização cadastral junto ao condomínio e, no caso de eventual irregularidade perante à Receita Federal, que seja logo retificada.

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