O simples fato de morar em um apartamento já não é mais visto como 100% seguro. Por mais que as pessoas acreditem que os condomínios são locais onde invasões e furtos acontecem em uma escala menor, na maioria das vezes, as causas de invasão se iniciam por descuido dos próprios moradores, ou por questões -não tão bem discutidas- de segurança.
O convívio em comunidade onde existam várias pessoas, com personalidades e atitudes diferentes, certamente pode se tornar um prato cheio para bandidos que buscam por facilidades de acesso a condomínios.
É justamente por existirem estas diferenças de personalidade, que os edifícios residenciais têm se tornado alvo de invasões seguidas de furtos e roubos, nas cidades brasileiras.
Já são frequentes as notícias de assaltos a condomínios residenciais no estado de Santa Catarina e em todo o Brasil. Para se ter ideia desta dimensão, só no estado de SP o número aumentou mais de 55% entre os anos de 2017 e 2018.
Por este motivo, selecionamos 25 falhas comuns em prédios residenciais, sinalizadas por especialistas em segurança de condomínios, que estão diretamente ligadas à atitudes do cotidiano de quem mora ou visita estes edifícios.
Aqui na matéria apontaremos as 5 principais falhas deste relatório. Recomendamos baixar o documento completo. Para fazer o download, basta clicar neste link.
O valor do condomínio sempre foi um dos assuntos mais discutidos nas reuniões entre síndicos e moradores. Sempre presente na pauta, o item “segurança” é o ponto onde o investimento acaba sendo o mais elevado e, por conta disso, tenta-se espremer ao máximo os custos.
Mas é aí que pode estar o perigo. Mexer nestes investimentos sem ter consciência do que se está fazendo pode trazer sérias consequências no futuro.
Existem condomínios onde as falhas ocorrem por não ter uma segurança planejada e condizente com as necessidades reais dos moradores. De nada adiantará instalar câmeras e alarmes em vários locais do prédio se os pontos visados pelos invasores não forem cobertos por completo.
É neste momento que um projeto de segurança bem planejado irá surtir efeitos convincentes, que podem resultar na redução significativa dos custos.
Outro ponto a ser considerado, se refere a idoneidade da empresa que fornece os sensores e câmeras. No caso onde a empresa só comercializa os equipamentos, poderá existir uma tentativa de “forçar” a venda das linhas de equipamentos mais caros, não necessariamente dos mais recomendados para cada situação. Fique atento!
A imprudência dos moradores e funcionários faz parte de vários dos problemas apontados neste levantamento.
Existem moradores que se sentem incomodados só pelo fato de terem que identificar as pessoas que visitam seu apartamento. Mas saiba que esta prática é importante para que se tenha controle sobre todas as pessoas que entram e saem do prédio.
Lembre-se de que um visitante ou prestador de serviços terá acesso a todas as áreas do prédio no momento em que ele tiver a entrada liberada.
A conscientização dos moradores e a mudança de alguns hábitos podem ser feitos através de comunicados nos elevadores, inclusive, informando sobre tentativas de invasão que possam ter ocorrido no condomínio, por negligência de algum morador.
Você deve achar estranho estarmos apontando as portas destrancadas como uma falha de segurança nos condomínios, certo? Mas saiba que esta prática é bastante comum. Janelas abertas, portas destrancadas ou encostadas, são vistas com frequência nos corredores de condomínios.
Muitas vezes, é possível observar a porta de entrada do apartamento aberta para fazer faxina. Outro costume frequente é permanecer com as portas de acesso ao hall de entrada abertas enquanto é feita a limpeza do ambiente.
Pode parecer inofensivo, mas esta prática – quando feita de forma recorrente – será vista por todos que entram e saem do condomínio (prestadores de serviço, entregadores, etc).
Outra questão abordada, são os objetos que ficam visíveis no interior do veículo, quando você está acessando a garagem do prédio. Eles podem ser facilmente identificados por quem circula nas calçadas, em frente ao condomínio. Isso possibilita a ação de bandidos, podendo resultar em um assalto ou ações mais graves como um sequestro relâmpago, por exemplo.
Se deixar objetos à mostra dentro do carro já é um problema, o que dizer dos veículos que permanecem destrancados ou com seus vidros abertos? O fato de estarem na garagem do prédio, impede que sejam vistos. Estes serão alvos fáceis de quem circula pela garagem, observadores e meliantes.
Outra falha de segurança bastante comum nos condomínios é a não preocupação com o entorno do prédio. Fazer uma análise dos pontos da vizinhança que podem facilitar o acesso de invasores é primordial para evitar prejuízos desagradáveis.
Esteja certo de que os criminosos estão atentos à falhas, principalmente àquelas que você não está se preocupando. Muitas vezes elas passam despercebidas, justamente por serem as mais óbvias e simples.
Trate de fazer um check-up geral no perímetro do prédio. Tente escalar os muros e verifique os pontos com baixa iluminação. Estes pontos, geralmente, são os mais procurados pelos bandidos.
Por mais que as autoridades de segurança se preocupam em manter a ordem em todas as regiões da cidade, existem aquelas que ficam menos protegidas, se tornando alvo de observação e ação dos ladrões.
Sempre haverão os cidadãos do bem que tomam atitudes com a intenção de ajudar na proteção de todos. Cabe também aos moradores, participarem da segurança das ruas e dos bairros. Não estamos falando em agirem sozinhos, mas sim, ficar de olho em pessoas e movimentos suspeitos.
Se observar algo fora do comum, fique alerta, avise seus vizinhos e, principalmente, comunique as autoridades imediatamente. O fato de a região não ser muito protegida, não quer dizer que os policiais não atuam. Geralmente estes chamados são atendidos de forma prioritária.
Como dica bônus, comece verificando algumas falhas que ocorrem dentro do seu condomínio. Faça uma lista delas e discuta com o síndico e com moradores. Sempre que pensarmos de forma coletiva, a solução pode vir com mais facilidade.
Uma prática interessante e que tem apresentado bons resultados nos condomínios, é a criação de uma comissão de segurança entre os moradores. Esta comissão pode se reunir de tempos e tempos para discutir formas de melhorar a segurança de todos.
Ter qualidade de vida é uma meta e prioridade para muitos. São tantas dificuldades e adversidades que enfrentamos todos os dias que, muitas vezes, o que conforta mesmo é saber que ao fim de uma longa jornada de trabalho voltaremos para um lugar aonde nos sentimos confortáveis e seguros.
O mercado entendeu esse sentimento e, em função disso, passou a desenvolver novas tecnologias que têm a finalidade de evitar dores de cabeça quando se trata, por exemplo, da vida em condomínio e da facilitação das tarefas diárias. Marcos Zimmermann, síndico profissional há três anos, falou um pouco sobre os benefícios do serviço de portaria remota que implantou no condomínio que administra, em São Paulo.
“Um dos principais diferenciais do serviço de portaria remota foi a redução de custos. Com essa economia, pude fazer uma série de reformas e operações que o condomínio precisava, que eu não conseguiria fazer se continuasse com o modelo tradicional de portaria”, conta Zimmermann.
Ainda de acordo com ele, o segundo maior benefício foi a automatização, que trouxe novidades como o cadastramento biométrico: “Não preciso mais ficar me preocupando se o nosso porteiro estará atento durante o dia, se vai ser cuidadoso com fiscalização da entrada e da saída de visitantes e se vai conseguir chegar ao trabalho, seja por questões pessoais ou pelo fato de a cidade de São Paulo ser sempre imprevisível quando se trata de transporte público”.
O terceiro ponto, tão importante quanto os outros, foi a melhora na vigilância e na segurança, uma vez que o condomínio passou a ser monitorado 24 horas por dia, por uma equipe remota: “Não há perigo de o porteiro ser rendido, por exemplo, ou de pessoas estranhas entrarem no prédio. Isso tudo gera uma tranquilidade e um conforto muito grandes”.
A mais recente pesquisa do IBOPE sobre segurança pública, divulgada em 2018, mostrou que este é um dos temas que mais afligem os brasileiros. Segundo a pesquisa, a preocupação dobrou em comparação com o ano anterior. Cerca de 51% da população consideram a segurança “ruim” ou “péssima”.
Zimmermann conta ainda que o início da mudança foi um pouco complicado, porque os moradores não estavam acostumados com a tecnologia. Após alguns meses, no entanto, eles já não queriam mais voltar para o formato antigo de portaria: “Estamos muito contentes com o serviço, que está, inclusive, superando as nossas expectativas”.
Segundo Walter Uvo, especialista em tecnologia da MinhaPortaria.com, empresa que fornece o serviço ao condomínio do Marcos Zimmermann, além de toda a instalação dos equipamentos, a empresa também realiza a manutenção e a troca sempre que surge uma atualização, então os aparelhos nunca ficam obsoletos, mesmo com a tecnologia avançando a passos largos.
Fonte: Jornal Contábil, 23/04
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